A lombalgia, ou dor lombar, é uma sensação desconfortável ou dolorida na região das costas, mais especificamente na parte inferior, conhecida como região lombar.
Imagine essa parte da coluna vertebral como um pilar que sustenta todo o peso do seu corpo e permite que você se mova de um lado para o outro. Às vezes, essa ponte pode ficar cansada, especialmente se você a sobrecarregar ou se movimentar de maneira que ela não esteja acostumada. Isso pode acontecer por várias razões, como levantar objetos pesados de maneira incorreta, adotar posturas incorretas, sedentarismo, fatores hereditários ou mesmo por simplesmente envelhecer.
Quando esse pilar fica desgastado, inflamado, ele pode começar a enviar sinais de desconforto ou dor. Isso é o que chamamos de lombalgia. Pode ser uma dor constante ou algo que vem e vai, mas muitas vezes é um sinal de que a sua coluna precisa de um pouco de atenção e cuidado.
A boa notícia é que a maioria das dores lombares melhora com algumas mudanças simples. Coisas como manter uma boa postura, fazer exercícios para fortalecer a coluna e evitar pegar peso podem ajudar a aliviar a dor.
Se a dor persistir ou se tornar mais intensa, é importante procurar um especialista em coluna. Isso pode ajudar a entender exatamente o que está acontecendo com a saúde da sua coluna e, juntos, vocês podem criar um plano para deixá-la mais forte e saudável novamente.
Lembre-se, você não está sozinho nessa jornada e há muitas opções para ajudar a aliviar a lombalgia e melhorar a sua qualidade de vida. Aqui no site eu comento sobre algumas técnicas e procedimentos para ajudar nesse tratamento e, claro, na consulta nós abordamos todas essas possibilidades e vamos além.
Se tiver mais perguntas ou precisar de mais informações, estou aqui para ajudar.
Além disso, vale destacar que a dor lombar pode ser aguda (com duração menor do que 3 meses) ou crônica (persistente e que dura por mais de 3 meses). O diagnóstico preciso da causa da dor lombar geralmente requer avaliação médica, que pode incluir exames de imagem e outros testes, dependendo da suspeita do especialista e o tratamento adequado dependerá da causa específica da dor.
Se você está enfrentando dor lombar persistente, é recomendável procurar orientação médica para uma avaliação completa.
Sendo assim, é importante ressaltar que o tratamento específico pode variar de acordo com a causa da dor lombar e as necessidades individuais do paciente.
Sempre consulte um profissional de saúde para uma avaliação adequada e um plano de tratamento personalizado. Em casos de dor persistente ou intensa, especialmente se acompanhada de sintomas como fraqueza, formigamento ou perda de controle da bexiga/intestino, a busca por atendimento médico imediato é crucial.
Os procedimentos minimamente invasivos da coluna vertebral são conhecidos por vários nomes, como infiltração, denervação ou bloqueio teste. Em algumas situações, isso pode ser um problema, pois causa certa confusão entre os pacientes por não saberem exatamente o que será feito. Em consulta eu sempre explico as principais diferenças desses procedimentos e o motivo de eu não usar o termo “Bloqueio Teste”.
Dessa maneira, falarei de um modo geral sobre os procedimentos minimamente invasivos utilizados no tratamento da dor lombar crônica, independente do nome utilizado.
Bases gerais do procedimento: por meio desses procedimentos, conseguimos tratar vários tipos de dor causados por processos inflamatórios na região. Dentre essas, podemos citar a dor facetaria, que ocorre quando há irritação ou inflamação nas pequenas articulações (facetas) localizadas entre as vértebras da coluna vertebral. O Bloqueio ou Infiltração facetária lombar visa interromper os sinais de dor provenientes dessas articulações, ao desativar temporariamente os nervos que transmitem esses sinais.
“Dr., quanto tempo esse procedimento vai durar? Vou precisar fazer quantas vezes?” Bom, essa é uma pergunta que eu devolvo para o próprio paciente, pois a durabilidade da infiltração depende muito da mudança de hábitos do paciente, que envolve realizar fisioterapia, iniciar atividade física regular com condicionamento muscular, perder peso, evitar pegar peso e adotar melhores posturas. Uma vez o paciente adotando essas medidas, sem dúvida alguma o procedimento passará a ter uma duração muito maior.
Indicações: A Infiltração facetária lombar, também chamada de denervação lombar, é frequentemente considerada para pacientes com dor lombar crônica que não responderam a tratamentos conservadores, como medicamentos e fisioterapia, e cuja dor é identificada como proveniente de estruturas da coluna vertebral.
Riscos e Considerações: Como qualquer procedimento médico, os bloqueios da coluna lombar podem apresentar riscos, incluindo a possibilidade de infecção, pequenos sangramentos ou reações adversas à anestesia. É fundamental discutir esses riscos e benefícios com o médico antes de decidir sobre o procedimento e questionar sobre sua experiência nesse procedimento.
Importante: Este procedimento é uma opção específica e não é adequado para todos os casos de dor lombar.
A decisão de realizar a denervação facetária lombar deve ser feita em consulta com um médico especialista em cirurgias da coluna vertebral, levando em consideração a avaliação completa do paciente e a discussão dos possíveis resultados e riscos.
Os profissionais que estão habilitados para realizar esse procedimento são os ortopedistas especializados em cirurgia da coluna e os neurocirurgiões.
Em alguns pacientes, os procedimentos de infiltração apresentam uma durabilidade à quem do esperado, mesmo com a mudança de hábitos de vida do paciente. E por que isso ocorre? Na maioria das vezes, devido a um grau mais avançado de lesão nas facetas articulares do paciente em sendo assim, podemos lançar mão da rizotomia facetária.
Trata-se de um procedimento altamente especializado que é realizado para tratar a dor crônica, especialmente aquela causada por danos nos nervos. Essa técnica visa interromper ou reduzir os sinais de dor enviados pelos nervos específicos que estão causando desconforto.
Princípio do Procedimento: A rizotomia envolve uma lesão superseletiva de fibras nervosas específicas responsáveis pela transmissão da dor. Isso é alcançado por meio da aplicação de calor ou corrente elétrica nos nervos, interrompendo a condução dos sinais de dor.
Indicações: A rizotomia é frequentemente considerada para tratar a dor crônica nas costas, pescoço ou outras áreas do corpo causada por condições como a síndrome facetária e outros tipos de lesões nervosas.
Resultados e Duração do Alívio: Os resultados da rizotomia podem variar de paciente para paciente. Alguns experimentam um alívio significativo da dor que pode durar meses e até anos. O procedimento pode ser repetido conforme necessário para manter o alívio da dor, mas em uma experiência pessoal, raramente precisamos repetir esse procedimento quando o paciente adota melhores hábitos de vida voltados para a saúde da coluna vertebral.
Riscos e Considerações: Como em qualquer procedimento médico, a rizotomia apresenta alguns riscos, incluindo a possibilidade de infecção, pequenos sangramentos ou reações adversas à anestesia. É crucial discutir esses riscos e benefícios com o médico antes de decidir sobre o procedimento. Sempre realize procedimentos médicos com profissionais especializados e com experiência comprovada pelo CRM do seu estado.
Importante: A rizotomia é uma opção específica de tratamento e não é adequada para todos os casos de dor crônica. A decisão de realizar a rizotomia deve ser feita em consulta com um neurocirurgião ou com um ortopedista especializado em cirurgia da coluna, levando em consideração a avaliação completa do paciente e a discussão dos possíveis resultados e riscos.
A endoscopia da coluna lombar é uma técnica inovadora e menos invasiva utilizada para diagnosticar e tratar problemas na coluna vertebral causados pelas hérnias de disco ou estenoses do canal medular, proporcionando alívio eficaz da dor nas costas. Ao contrário das cirurgias convencionais, a endoscopia da coluna lombar utiliza um instrumento fino e flexível chamado endoscópio, que é inserido através de um pequeno corte na pele, menor do que 1 cm.
Definição: A endoscopia da coluna lombar é um procedimento minimamente invasivo que permite ao cirurgião visualizar e tratar diretamente as estruturas da coluna vertebral, incluindo discos, nervos e articulações, utilizando um endoscópio que transmite imagens em tempo real.
Recuperação: Após a endoscopia da coluna lombar, os pacientes geralmente podem retornar às atividades normais mais rapidamente em comparação com cirurgias convencionais. O acompanhamento com fisioterapia pode ser recomendado para otimizar a recuperação e fortalecer a coluna.
Importante: A decisão de realizar a endoscopia da coluna lombar é baseada em uma avaliação completa da condição do paciente. É essencial discutir os benefícios, riscos e alternativas com o cirurgião para garantir uma decisão informada e personalizada.
A endoscopia da coluna lombar representa uma abordagem inovadora, focada na eficácia e na recuperação acelerada, oferecendo uma opção promissora para aqueles que buscam alívio da dor nas costas com menos impacto cirúrgico.
Em algumas situações, as cirurgias da coluna lombar com fixação, artrodese e fusão instrumentada estão indicadas, como nas fraturas dos corpos vertebrais, por exemplo.
As cirurgias de fusão espinhal com técnicas como ALIF (Anterior Lumbar Interbody Fusion) e OLIF (Oblique Lumbar Interbody Fusion) são procedimentos que visam estabilizar a coluna vertebral, geralmente para tratar condições que causam instabilidade ou compressão neural. Também existem as cirurgias com parafusos percutâneos em que conseguimos fixar a coluna e minimizar riscos secundários à instabilidade.
São cirurgias mais complexas e que precisam de uma avaliação precisa e em conjunto com toda a equipe. Atualmente, apesar de sua indicação ser restrita, ainda a realizamos rotineiramente, principalmente por recebermos muitos pacientes que sofreram fraturas por acidente de carro ou outros tipos de trauma.
É crucial discutir os riscos, benefícios e alternativas com o cirurgião para tomar uma decisão informada sobre o tratamento mais adequado para a condição específica de cada paciente.