Imagine que as artérias no cérebro são como canos que transportam água para diferentes partes de uma cidade chamada cérebro. Agora, imagine que em um desses canos, uma área de fragilidade ocorra e forme uma pequena “bolha” em sua parede. Concordam que essa bolha corre o risco de estourar? Pois bem, se essa “bolha” se formar em uma artéria do cérebro, nós damos o nome de aneurisma cerebral.
Essa “bolha” pode crescer ao longo do tempo, aumentando o risco de rompimento, semelhante a um cano que estoura. Se isso acontecer, o sangue acaba vazando para o tecido cerebral, causando inúmeros danos.
Antes do rompimento, na grande maioria das vezes os aneurismas cerebrais não provocam sintomas. No entanto, após a ruptura, os sintomas podem incluir uma dor de cabeça intensa e súbita, visão turva, rigidez no pescoço e sensibilidade intensa à luz. Em muitos casos, a dor é tão forte que o paciente chega a desmaiar.
É crucial procurar ajuda médica imediatamente se houver suspeita de um aneurisma cerebral, pois caso haja o diagnóstico de ruptura do aneurisma, o tratamento deve ser imediato! O ideal é descobrir o aneurisma antes de sua ruptura.
E como podemos prevenir um aneurisma? É importante controlar a pressão arterial, evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool. Além disso, sempre procurar ajuda médica especializada se houver histórico familiar de aneurisma cerebral.
O diagnóstico geralmente é realizado por meio de exames de imagem, como a tomografia computadorizada (CTA) ou ressonância magnética (RM), mas o principal exame segue sendo a Angiografia Cerebral, também conhecido como arteriografia ou cateterismo cerebral.
O tratamento dos aneurismas devem ser individualizados, podendo ser desde conservadores, quando acompanhamos o paciente sem realizar tratamentos invasivos, até os procedimentos de microneurocirurgia ou por intervenções endovasculares, como a utilização de coils e/ou stents para promover a oclusão do aneurisma.
Mas o mais importante é a detecção precoce dos aneurismas que ainda não romperam, pois o tratamento pode ser melhor programado e, assim, atingir melhores resultados.
Trata-se de uma técnica muito bem estudada e consolidada na literatura médica chamada embolização de aneurismas cerebrais com coils assistidos por balão, um procedimento avançado realizado para tratar aneurismas cerebrais de maneira eficaz e segura.
Alguns Neurorradiologistas Intervencionistas já até a consideram, de certa forma, ultrapassada, mas sem dúvida, quando bem indicada, é uma excelente ferramenta no tratamento dos aneurismas cerebrais. Vamos entender como essa abordagem funciona e quais os seus benefícios?
O Que é um Aneurisma Cerebral?
Antes de discutir o procedimento, é importante entender o que é um aneurisma cerebral. Aneurismas são áreas de fragilidade na parede dos vasos sanguíneos cerebrais que leva, a dilatações anormais em uma artéria cerebral, podendo representar um risco de ruptura e sangramento, o que é potencialmente perigoso para a vida do paciente.
Benefícios da Embolização com Coils Assistidos por Balão:
Essa abordagem é uma ferramenta valiosa no tratamento de aneurismas cerebrais, proporcionando uma alternativa eficaz e menos invasiva. Caso tenha mais perguntas ou preocupações específicas sobre seu caso, recomendamos discuti-las com sua equipe médica, que terá prazer em fornecer informações adicionais.
Gostaríamos de compartilhar informações sobre uma abordagem avançada no tratamento de aneurismas cerebrais: a embolização com stent e coils. Esta técnica integrada utiliza os stents junto com os coils para promover a estabilidade e prevenção do sangramento em aneurismas cerebrais. Vamos explorar como essa combinação de dispositivos funciona e os benefícios que oferece.
O Papel do Stent na Embolização de Aneurismas:
Passos do Procedimento:
Benefícios da Combinação Stent e Coils:
Importante:
A embolização de aneurismas cerebrais com stents diversores de fluxo é a técnica mais recente no tratamento dos aneurismas intracranianos. No entanto, possui indicações precisas para a sua utilização e, além disso, por ser a mais nova, não significa, necessariamente, que seja melhor do que as demais técnicas.
Os aneurismas cerebrais são dilatações anormais em vasos sanguíneos do cérebro, deixando a parede da artéria mais frágil e, assim, promovendo um risco significativo de ruptura e hemorragia, podendo levar a consequências graves, com sequelas permanentes e até mesmo a morte.
A embolização com stents diversores de fluxo é um procedimento minimamente invasivo, realizado por neurorradiologistas intervencionistas, com o objetivo de curar o aneurisma e prevenir a sua ruptura.
Durante o procedimento, um cateter é inserido através de uma artéria na virilha e guiado até o aneurisma no cérebro, sob orientação das imagens obtidas no aparelho da sala de hemodinâmica.